sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ensinando valores

E então eu resolvi dedurar o menino que jogou no mato, os jornais que deveria distribuir na vizinhança.
Mas não liguei na empresa contratante não. Liguei só na contratada. E foi assim:

-"Fulano, bom dia, meu nome é Fernanda, e eu moro aqui no Jd. Ipanema. Sábado estávamos minha filha e eu esperando meu marido no portão, quando vi o menino usando o uniforme da empresa de vocês, entrar no terreno baldio, com os bolsos cheios de jornais, e sair do terreno com os bolsos completamente vazios. E queria te contar isso, porque fiquei emputecida, pois o menino nem deve imaginar que o preço daquele jornalzinho é alto, e que ele deve ter jogado no mínimo uns 500 reais no meio do mato. Por favor, tome alguma providência".


O fulano me agradeceu, disse que sou uma pessoa super do bem e disse que ia mandar um inspetor no local para recolher o material. E não é que ele mandou mesmo? E não é que eles acharam os jornais?
(Que leu o post de ontem sabe que a intenção não era fazer o bem! hihihi..#prontofalei)

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Luísa sabe que tudo tem valor. Sabe que para comprar alguma coisa, temos que trabalhar e ter dinheiro, e que muitas das coisas que ela tem, muitas crianças não podem ter. Então tem que cuidar. Não pode desperdiçar. Sabe também que, para mim, brinquedo quebrado é brinquedo que não se gosta ou que não se quer mais, e aí vai para o lixo. Então ela cuida. Não quebra. Porque brinquedo quebrado nem criança carente merece ganhar, certo?

Quanto ao dinheiro, ela ainda diz que é só ir ao banco e pegar, mas aos poucos vamos ensinando que não é bem isso, e que nós é que temos que ganhar o dinheiro e guardá-lo lá.

Sempre fui extremamente consumista e nunca fui de ficar fazendo continhas e é por isso que vivia no vermelho, mas hoje aprendi a me controlar, a pensar se preciso ou não daquilo e a ter prioridades, e Luísa pegou essa minha fase para se ter de exemplo. Fazemos contas aqui em casa, e ela vê isso. Mesmo não participando diretamente ainda, ela assiste aos cálculos, e ouve as programações, o que podemos ou não fazer no mês, se podemos ou não esbanjar um pouco. Com isso, acredito que ela possa aprender no futuro a se planejar, se programar, se conter, e mais ainda, saber o valor das coisas: do trabalho, do dinheiro, dos investimentos e de suas aquisições.

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E o menino que jogou os jornaizinhos no mato?
Que tipo de educação e orientação ele teve?
Ele jogou todo aquele material fora pra poder ir embora mais cedo!
Isso é culpa de quem?

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Não tô fazendo tempestade num copo d'água não!
É que realmente fiquei chocada com o que ele fez.

2 comentários:

  1. ta rolando um sorteio la no meu blog, vai la e participa:
    http://vidaazulerosa.blogspot.com

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  2. Oi Fê,
    ta certíssima! Vc deu o maior exemplo para sua filhota!
    Obrigada pela sua visita lá no meu Blog e desculpe a demora em responder. Minha infãncia foi o máximo mesmo e relembrar para postar foi uma emoção só!
    Uma ótima semana para vcs!
    Beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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