Foi exatamente isso que nos aconteceu no final de semana passado. Por conta de uma casa nova para a sede da Capoeira, tivemos muito trabalho, desde fazer mudança, carregar móveis doados, limpar a casa nova, almoçar correndo, ficar sujos o dia todo, e tudo isso com Luísa, agitadíssima à tira colo e pedindo atenção. Foi duro!
E aí, você deita na cama de noite, com os pés e corpo latejando de cansaço, a cabeça ainda à mil, e dá de cara com a culpa. A criança já está dormindo, mas a culpa está agora à todo vapor. E fica lembrando dos momentos que sua filha quis brincar de Cai não Cai e você não pode porque tinha estrado de cama para botar para dentro do quarto, ou que ela quis um copo de água e você pediu para ela esperar um pouco. Nossa! Pode falar que sou dramática, mas que foi um drama, sem exageros, foi.
Só que aí, você começa a pensar no tanto que ela se divertiu na loja de móveis usados, subindo e descendo de um sofá gigante que tinha lá. E do pastel fora de hora que comeu. Do preá - um ratinho, esquilinho, gambazinho, sei lá que bicho era aquele - que a encantou. Da chuva que tomamos na rua. Do kit maquiagem que ganhou da minha cunhada e pode se maquiar à vontade o dia todo (porque a mãe aqui não estava podendo prestar muita atenção), do passeio com meu irmão, do show que pode ir no domingo de manhã, da saia de chita que a acompanhou o domingo todo (no show, no almoço, no shopping, na casa nova da Capoeira, na casa da vó..)
Quer dizer, estivemos juntas o tempo todo, não achei que dei atenção suficiente à ela, mas, pensando bem, ela viu e vivenciou muita coisa diferente.
Só depois disso, consegui relaxar e dormir em paz.
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