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terça-feira, 30 de abril de 2013

Que ódio do meu pai

Hoje presenciei uma cena muito triste no banco, o que me fez pensar em quanta responsabilidade temos com nossos filhos e em nosso dever em oferecer à eles todas as possibilidades para que crescam e passem por menos apuros possíveis.

Uma senhora, de aproximadamente 65 anos, analfabeta, tendo que assinar um documento cuja impressão digital não era aceita em hipótese alguma. A gerente da conta, treinando com ela as letras do próprio nome.

A senhora olhou pra mim, e disse duas únicas frases:
"É difícil, viu. Que ódio do meu pai".
Sem mais.
Fiquei extremamente comovida.

domingo, 28 de abril de 2013

Melhor amiga

Estou numa sinuca de bico.
Luísa tem várias amigas na escola, mas tem uma que ultimamente tem sido sua preferida.
Essa amiga, que tem a mesma idade dela, adora um funk, e uma cena comum que tem acontecido aqui em casa é Luísa tentar dançar o quadrado. É assim que fala? Dançar o quadrado? Fazer o quadrado? Enfim...(até a Xuxa dança, né?). Insisto com ela que é feio, que essa dança não é legal nem bonitinha, mas ela treina, ela tenta, e eu também não surto...
Eu digo tenta, porque Luísa não tem um molejo mole, sabe como é? Ela é dura. Não sabe rebolar. Mexe o corpo todo e rebola quadrado, literalmente.

Luísa adora essa menina, e apesar de brigarem o tempo todo, não se desgrudam e eu, sinceramente, não acho que essa menina seja companhia saudável para minha filha. Pode isso? Pode? Pode uma mãe achar que uma criança de 5 anos não é companhia saudável para sua filha de 5? Pode?

Palavrões

Quando o palavrão, na sua casa, não é problema, mas na casa dos outros é comum, o que fazer?

Passo os finais de semana na casa dos meus pais e com meu pai e meu irmão exibindo o tempo todo um número vasto de porras, caralhos, puta que parius, fodas e mais um monte de outros, fica difícil Luísa não se familiarizar com eles. E mesmo sabendo que é feio falar palavrões, que a gente não gosta e que por ela ser criança, fica pior ainda, às vezes alguma coisa escapa.

Situação 1
Meu irmão chega da rua, conversa um pouco e diz "calma aí que vou cagar. Já volto". Dez minutos depois a namorada chega e Luísa diz:
-"O Bruno tá cagando. Ele já vem".

Situação 2
O mesmo meu irmão chega na cozinha e reclama bem alto "ô caralho!!"
E vem Luísa atrás e pergunta:
-"ô caralho?"

Situação 3
Cunhadinha me contando alguma coisa e solta um "ah vá pá puta que pariu" bem alto.
Luísa só me olha, faz cara de dúvida e não fala nada.
Antes de ter minha filha, eu achava bonitinho ouvir criança falando palavrõeszinhos inofensivos. Hoje eu acho feio pra caramba.

**

Como disse antes, Luísa não tem costume de falar palavrões em casa. Mesmo com os porras e fodas do pai (e às vezes até algumas escapadas minhas), ela não costuma repetí-los, mas é que às vezes ela se empolga.
**








domingo, 21 de abril de 2013

E tem sorteio aqui

Já faz tempo que não rola uma sorteioZINHO por aqui, né?
Então vamos lá, porque já estou mais do que atrasada!

No meu outro blog Coisas da Mãe da Lulú, acabei de fazer um post sobre a lindeza dos bonecos de Jana Crivelli, uma artista plástica, amiga querida de Sâo Paulo. E ela me mandou uma das fofices que ela faz, para que eu sorteasse aqui. Aqui não! Lá, no outro blog. E as regras são básicas:
- entre no Coisas da Mãe da Lulú e seja um seguidor
- deixe um comentário no post da Sereia Saci sobre o que achou dos produtos da Jana
- e deixe seu nome e e-mail
O sorteio será no dia 01 de maio.


*Só vale para residentes no Brasil.
Vamos participar??


Você fala e eu repito

-"Lú, você reza pro papai do céu hoje e eu repito, tá?"
-"Tá. (mãozinhas juntas perto da boca).Papai do céu, obrigada pelo meu dia. Por favor, papai do céu, fala pra minha mãe deixar eu jogar jogo no note, porque eu quero sair do castigo. Obrigada. Te amo. Amém".


-"Agora eu rezo e você repete, tá? Deus, obrigada pelo nosso dia: pelo sol (obrigada pelo nosso dia), pelo calor (pelo calor), pela nossa saúde (pela nossa saúde), pelos nossos amigos, por nossa família (pelos nossos amigos, pela minha vó, pelo meu tio , pela Gabi), pela nossa comida (pelo churrasco), pela escola...dê muita saúde e sabedoria pra minha filha (você já me deu muita saúde, né, papai do céu?). Muito amor, paciência...e faça ela entender que beijo na boca só quando ela ficar adulta (eu já entendi papai do céu, mas agora pede pra minha mãe me tirar do castigo, tá? Amém. Obrigada papai do céu). Nós te amamos e necessitamos. Amém.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

E ela fala junto com todo mundo

Gente, é só aqui ou é aí também que a criança ignora qualquer conversa sua com outra pessoa, e FALA junto com todo mundo, atropelando e interrompendo qualquer diálogo, desviando tanto a atenção que a gente até se perde no assunto?
Tenho certeza que todas a maioria balançou a cabeça afirmativamente!

Me lembro de quando ainda não era mãe, e uma das minha amigas, já com criança falante em casa, deixava de me dar atenção para ouvir os apelos, ou interrupções, do filho. Aquilo me irritava tanto! Juro! Parecia que os dois faziam de propósito. E eis que então tive a MINHA filha. E depois de tanto tempo ensinando que a gente tem que esperar a outra pessoa terminar de falar, que é educado esperar a sua vez, ela ainda não aprendeu nadica de nada. E eu faço igualzinho minha amiga: paro de dar atenção à pessoa para ouvir o que a filha tem pra falar.
A gente cospe e cai na testa, né?

Estamos todos de volta novamente

Se existe uma pessoa mais inconstante do que eu, bate aqui!

Porque ontem, eu estava toda-toda trabalhada na decisão de acabar de vez com a ansiedade, esse vai-não-vai e o chove-não-molha da minha vida. "Já que meu corpo ainda não expeliu o fbebê, então vamos tirá-lo ...vida nova! novos planos..." E o que foi que eu fiz? Fui para o hospital, conversei com minha enfermeira Circe (porque para quem não sabe, eu ainda não havia me decidido por um obstetra), fiz exames de sangue e de urina, e após o resultado ter sido super satisfatório, voltei pra casa.

Aí vem alguém me dizer "mas Fê! é perigoso! você pode ter uma infecção! você pode perder o útero! você pode blabláblá..."
Bom, vamos lá para a lição que aprendi hoje:
posso esperar o tempo que for, desde que haja um controle da situação. Como? Fazendo exames de sangue e urina semanalmente, e caso eu apresente qualquer alteração, como febre, sangramento, dor, ânsia...aí sim devo começar a me preocupar.
Outra coisa: o corpo pode absorver o feto, acreditam? No meu caso, ele diminuiu de tamanho, o que ainda não significa absorção.
 
E vocês sabiam que em gravidez gemelar, quando um dos bebês morre (ainda bem novinhos), o corpo absorve este para que o outro continue a se desenvolver normalmente?  E então? Não deixa de ser um corpo estranho ali. Não deixa de ser um bebê morto junto com um vivo. E não dá para tirar só um deles do útero. Só que com controle, não há risco de infecção. Para saber mais sobre este assunto: entre aqui.

Uma coisa que quero deixar clara aqui é que tanto o hospital como a enfermeira, que não faz nada sem o consentimento do obstetra, me deixam bem a vontade para escolher o que quero fazer, diante da falta de riscos que apresento. Eu prefiro esperar meu corpo resolver por ele mesmo.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sobre um aborto retido

Só quando você passa por uma situação dessa, é que você percebe a dimensão e a variedade de opiniões e informações sobre o assunto. Como tudo na vida, né?
Não é só quando um bebê nasce que nossa cabeça se enche com palpites de todos os lados. Quando se perde um bebê também.
Foi no dia 01 de abril que eu tive meu segundo sangramento e fiz meu segundo ultrassom, no qual foi constatado "batimentos cardíacos ausentes" no feto. No dia 05 seguinte, fiz um terceiro ultrassom de confirmação, o qual me levou ao hospital. Após duas horas de conversa com uma enfermeira obstetra maravilhosa, atenciosa, profunda conhecedora e defensora do parto humanizado, que decidi, com seu consentimento, voltar pra casa e deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Me ofereceram duas possibilidades:
a primeira: indução com Citotec, e se houvesse necessidade, ocitocina sintética, para provocar as contrações uterinas;
a segunda: curetagem.
A primeira opção me assustou tremendamente. Eu hein? E a segunda, bem...dava pra esperar um pouco.
Só que esse pouco já dura 16 dias. E nada! nadica de nada.
No início tive uns sangramentos, e na semana passada (um dia da semana passada) foi até mais forte, mas cessou.
Partimos então para a acupuntura, na tentativa de induzir a expulsão. Fiz várias sessões e nada. Decidimos então pela massagem na região do sacro (craniossacral). Nada também.
Parti para o chá de gengibre com canela, bem quente, e tudo o que consegui foi apenas uma coliquinha leve.
Na sexta passada voltei ao hospital e fiz um outro ultrassom e as coisas continuam as mesmas por aqui. Com isso, a obstetra de plantão me deu um remédio, Methergin, que se compra tranquilamente na farmácia, sem receita, específico para induzir as contrações uterinas. E quer saber o resultado? Nenhum.
Trata-se de um aborto retido.

Ouço opiniões diversas, mas prefiro sempre me apegar a uma só e seguir aquilo à risca. A enfermeira me garantiu que poderia esperar, mas uma outra amiga me disse que não seria bom deixar passar de 15 dias, podendo assim correr o risco de infecção. Então pra que, né?
Nosso corpo é sábio, eu sei disso, mas acho que essa história pra mim já deu!
Volto aqui com notícias definitivas.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Uol!!!! quer dizer: Uauuuuu!!!

E não é que o melhor site de maternidade agora tem coluna no maior portal de notícias do país?
Rô, minha amiga de muitos anos, muitas risadas, muitas confidências...), Priscila e Anne, não tenho muito a dizer do que VOCÊS SUPER MERECEM ISSO!
Trabalho lindo e muito profissional que vocês fizeram até agora. Merecem chegar muito além!!!
Parabéns Mamatracas!!!!




segunda-feira, 8 de abril de 2013

A melhor do fim de semana



Da amiguinha da Lulú:
-"Gabi, olha lá um sapo! Sabia que se você for lá e der um beijo nele, ele vira um príncipe?"
-"Não vira não, tio! Se eu der um beijo nele EU é que viro uma SAPA!"
Aaaah, crianças!!

Depois do susto, a calma

Porque nunca passou pela minha cabeça perder o bebê.
Todos sabemos que até os três meses, tudo pode acontecer, mas eu estava tão desencanada disso, que foi uma surpresa. Um susto.
Mas por aqui tá tudo certo. Luísa já está recuperada e finalmente entendeu que isso pode acontecer mesmo e que, se Deus quiser, podemos tentar outro mais tarde.

*

E depois de dois ultrassons e duas idas ao hospital, com sangramento e cólica leves, meu corpo ainda não expeliu o feto. Confesso que prefiro esperar mais um pouco, a induzir as contrações. Com o consentimento médico, tenho certeza não estar fazendo nenhuma loucura ou me arriscando. Aflição nos outros deve dar, mas e daí? Estou em paz comigo e com meu corpo (só preciso emagrecer um pouco agora).

A explicação para minha tranquilidade foi que se houvesse sangramento em demasia, aí sim teríamos que induzir a expulsão. Mas como está tudo bem, agora sem o menor sangramento e dor, podemos deixar o corpo responder naturalmente, e a qualquer mudança, posso correr ao hospital e eles me atenderão prontamente.
Estou em paz.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Aborto espontâneo

Este texto foi copiado do site Bebê.com.

Por que acontece?


A pior notícia para quem está esperando a chegada da cegonha é saber que aquele embrião dentro da barriga não vingou e que, por algum motivo, foi expulso naturalmente pelo corpo. Aproximadamente 33% dos casais não conseguem manter uma gestação até o final. E, para entender por que o aborto espontâneo acontece, quando é possível engravidar novamente e como prevenir para não passar por isso, o Bebe.com.br conversou com a ginecologista e obstetra Daniela Maeyama, do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo.

Quais são as causas mais comuns dos abortos espontâneos?
O aborto pode acontecer por diferentes razões, mas as mais comuns são alterações cromossômicas e alterações genéticas que geram embriões malformados. Esses problemas são mais comuns em mulheres mais velhas, mas podem acontecer em qualquer idade.
Além dessas, existem outras causas, como alterações hormonais e doenças autoimunes.

Por que tanto se fala que o primeiro trimestre de gestação é o período mais crítico?
Porque é nos primeiros três meses de gravidez que acontece a maior parte dos abortamentos. O aborto pode ser precoce ou tardio. O precoce acontece até 12 semanas e é mais comum. Funciona como uma seleção natural, pois o corpo trata de rejeitar o embrião que não está bem formado. O aborto tardio pode acontecer entre 12 e 20 semanas de gestação, por algum acidente ou alteração hormonal.

Depois de passar por um aborto, quanto tempo a mulher precisa esperar para tentar engravidar novamente?
Depende. Se ela conseguiu eliminar sozinha, sem passar pela curetagem, é só esperar a menstruação vir normalmente e, no próximo ciclo, já pode tentar engravidar novamente. Agora, se a mulher foi submetida à curetagem ou outro procedimento cirúrgico, indicamos que espere, no mínimo, três meses até o corpo voltar ao normal.

Durante a gestação, todo o sangramento é preocupante?
Até a quinta semana de gestação, pode ocorrer um sangramento devido à implantação embrionária. Ele dura um ou dois dias e é considerado normal. Mas, em caso de qualquer sangramento, avise o seu médico, pois só ele poderá avaliar se existe motivo para preocupação.

Como prevenir para que isso não aconteça?
Não existe prevenção para alterações cromossômicas. No entanto, o que toda a mulher pode e deve fazer são exames de preconcepção para saber se tem alguma alteração genética ou doença autoimune. Além disso, deve tomar ácido fólico três meses antes de engravidar.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Com as mãozinhas juntinhas perto da boca:
-"Papai do céu, por que você tirou o bebê da minha mãe? Foi tão legal o dia que você colocou ele na barriga dela! Eu nem tava acreditando...E eu tava tão feliz..."

É isso que mais dói, sabe.
A gente disfarça, abraça, explica de novo, mas agora existe um vazio. Ela já contava que éramos quatro.

Não estou tão abalada pelo que aconteceu. Estou triste por ela, Luísa.
Nós, adultos, entendemos, compreendemos, sabemos que a facilidade de se perder um bebê no começo da gestação é grande, mas enxergar a tristeza nos olhinhos daquela que seria a irmã mais velha corta o coração.  São momentos, sabe? Não que ela tenha deixado de brincar, de ir a escola ou só chore...nada disso! Mas alguns momentos do dia são difíceis.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Conversa difícil

Perdemos o bebê.
Nove semanas e cinco dias, e sem motivo aparente (nada de descolamento de placenta, bolsa rompida...), o bebê perdeu os batimentos cardíacos.
E minha única preocupação era com Luísa. Por sua empolgação e dedicação ao bebê, por sua alegria e amor por ele.
A conversa foi difícil.
Dissemos que o bebê não chegaria, porque papai do céu quis levá-lo com ele primeiro, pra cuidar melhor dele. Dissemos que possivelmente ele estivesse doentinho, e por isso, não viria para nosso mundo. Luísa chorou bastante mesmo, mas se acalmou logo. E disse que já estava rezando e pedindo a Ele que trouxesse outro irmão pra ela logo.
E assim vamos tocando.