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sexta-feira, 8 de março de 2013

Carreira x maternidade



Me lembro como se fosse hoje, do dia em que tive que largar provas ainda não corrigidas, diários de classe ainda não finalizados e mais um tantão de compromissos com a escola, porque comecei a ter contrações e dilatação.
"Fernanda, você deve parar já..." Eu ainda estava com 33 semanas de gestação.
Uma mistura de sentimentos: medo, responsabilidade, desespero, ansiedade..."meu Deus! minha licença maternidade será reduzida!".... 3 dias depois eu estava com Luísa nos braços.

Meu trabalho era bem tranquilo. Na época dava aulas de inglês em uma escola particular, e meus horários eram excelentes: terças, quintas e sextas, somente no período da manhã. Quando voltei ao trabalho, 4 meses depois do dia 13 de dezembro, deixei Luísa bem amparada por minha tia e minha mãe. E o melhor: ficaria pouco tempo longe dela. Cabeça tranquila.

Luísa tinha 2 anos já quando, devido à cortes no orçamento (disseram eles...) fui demitida, e dali em diante, não consegui  mais trabalhar "fora". Até tentei, mas não deu mais certo. Não tinha foco, não tinha vontade e não era mais prioridade.
Com o aval do meu marido (..."e você segura as pontas sozinho, amôr?"), parei de me cobrar por um trabalho fora de casa e assumi meu papel quase que só de mãe, pois aqui, com meu tempo livre e disponível, consigo inventar coisas que me trazem lucro (cupcakes, macarons, pompons, tutus...)

O importante é não se sentir inútil, sabe? Desinteressante, desinformada, alienada ou dona de casa somente. Acho que o trabalhar ou não fora vai da cabeça e necessidade de cada uma. A culpa (e hoje posso dizer isso com muita certeza...) vem de qualquer maneira, você passando o dia fora ou não. Culpa é nossa sina.
O que acontece é que muita gente deixa de trabalhar e acaba substituindo o "passar o dia fora" pelo "passar o dia em casa, SÓ dependendo das crianças e da casa". Aí o choque é grande, porque a mudança também é. Não vale! Veja bem, parei de trabalhar fora, em horário comercial, para trabalhar (feito doida!) em casa, dando aulas particulares por aí (nos meus horários possíveis), fazendo umas frescurinhas e docinhos que eu adoro, e tendo tempo livre para cuidar das coisas da Lú.  O que mais me pressionou foi isso: não ter tempo para cuidar das coisas da Luísa (marcar médico, levá-la para fazer exames...). Hoje tenho tempo! E está bom assim.

3 comentários:

  1. Fernanda, é isso aí. Tem horas em que não é mais possível, necessário, ou temos vontade de trabalhar fora... cada mãe pensa diferente... Sua família é linda! Adorei o desenho do cabeçalho!

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  2. Acho que perfeito nunca vai ser, né, Fê? É isso aí: está bom assim. Cada uma rebolando do seu jeito.
    Beijos, amiga!! E obrigada por participar da blogagem do Mamatraca!! Quer dizer, você seria obrigada a participar de qualquer jeito. rsrsrs

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    1. a-ah! Roberta Lippi, vc sabe que sou sua fã e fã do Mamatraca! Até SONHO com você, amiga! hahahhaa!! Beijo beijo...

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