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sexta-feira, 8 de abril de 2011

BLOGAGEM COLETIVA: MATERNIDADE REAL


Pra começar, depois que virei mãe tive a certeza de que aquela figura que sempre idealizei, da mulher que consegue ser mulher, mãe, namorada, amiga, bem cuidada, bem tratada, bem relacionada, bem arrumada e cheirosa, sempre pronta pra baladinhas com amigos, com tempo suficiente para ir ao salão, manicure, cabeleireiro, massagista e academia depois que tem filhos, só pode ser real se existir uma outra mulher por trás dela, seja empregada, babá, mãe, avó, vizinha. Sozinha, como eu, não consegue. Não consigo, e se alguém tem alguma solução para essa minha vida nada "pink-mother", por favor, me fale.

Luísa nasceu de parto normal. Lindo sim. Saudável sim. Inesperado sim.
Porque dizer que eu sempre quis, sempre sonhei com parto normal, é mentira. Porque eu nunca quis ao menos saber como era, se doía muito de verdade. Eu não queria. Queria cesárea, porque sempre tive medo de dor. Sempre fui fraca para dor.
Luísa nasceu de parto normal sim, e achei ótimo. Super tranquilo, e vou além:
Faria tudo de novo !

Amamentei Luísa até 17 meses, o que acho lindo dizer. Eu quis amamentar. Eu tinha tempo e vontade. Seguia a livre demanda e estava sempre à disposição dela. Mas se tivesse que ter voltado ao trabalho com quatro meses após a licença, tiraria o leite, deixaria pra ela e quando não aguentasse mais, daria o leite artificial. Fazer o que!

Fiz um chá de bebê e ganhei muitos pacotes de fraldas descartáveis. Pensando no meio ambiente, isso é péssimo, mas pensando na praticidade, modernidade, na minha falta de tempo pra lavar fraldas de pano, coerência e conveniência, isso foi ótimo.

Quando começou a comer frutinhas, era lindo. Luísa comia maçã, pera raspadinha, banana amassadinha, mamão e.....um abacate inteiro. Pois é! Um abacate inteiro!! Pessoas me diziam: "vai aumentar o estômago dela!". E eu continuava dando o abacate inteiro para ela.

Luísa come frutas, brócolis, couve-flor, alface, carnes de todos os tipos. Adora um churrasco, uma pizza napolitana. Minha maior frustração (assumo!) é não ter bolacha rechada, pirulito e bolos aqui em casa. Ela não come nada disso. No máximo um sorvetinho de uva.
Costumo não dar "porcarias", mas quando ela pede, não vejo mal algum em ceder, já que é muito de vez em quando.

Procuro sempre explicar tudo para a minha filha. Os nãos, as broncas, os chiliques. Já falei aqui que acho mesmo que tudo se resolve mais facilmente com calma, mas que às vezes dou uns gritos, aaaaaaaah dou! Não tem jeito. sou mãe. Sou gente.

Na teoria o casal tem que ter sua própria vida, seu próprio espaço, seus próprios momentos de casal. Na prática, nossa vida está à três. Não tá fácil não, mas atualmente, esta é minha realidade.

Os especialistas e parentes dizem que não se deve acostumar a criança a dormir na cama dos pais, porque elas se acostumam. E eu digo: não tem coisa mais gostosa do que acordar com duas perninhas a mais na sua cama. Um pé no pescoço do pai, uma mão na cara da mãe.
Essa fase passa. Um dia ela não vai querer mais dormir entre nós.

Deixei sim de falar palavrões como falava antes, mas o CACETE permanece. Raro, baixinho, de boca cerrada, mas ele escapa. E minha filha repete. Meu pai é desbocadão, meu irmão também. Não gosto que Luísa repita, mesmo achando engraçadinho.

Sempre incentivei Luísa com jogos, DVDs e brincadeiras educativas. Prefiro sim poder brincar do que assistir televisão, mas às vezes dá uma preguiça de brincar, e a tv acaba sendo uma super nanny. Nem todos os programas são perdidos, e acho que podemos fazer bom uso dela.
Nunca ficamos em silêncio em casa. Estamos sempre conversando, sempre chamando a atenção da Lú para alguma coisa. Se não nós, ela.

Leio bastante, mas deveria ler mais ainda. Sigo bons exemplos, ouço coisas boas e procuro fazer tudo perfeito. Uso muito da minha intuição e bom senso.
Quero que minha filha saiba dar valor às coisas que realmente importam na vida, às pessoas boas, aos amigos, ao amor...

E quem não quer? E que mãe não se cobra?
Não acho que minha vida seja cor de rosa, mas procuro fazer dela a mais clara, fácil e calma possível.





6 comentários:

  1. Olá

    Vim conhecer seu texto e sua realidade como mãe. E quer saber, é uma bela realidade porque ela é possível.

    Eu tive todas as ilusões e desiluções com que diz respeito ao parto e a amamentação. E chorei e sofi muito por isso.

    Até que resolvi confessar que não sou perfeita e crio meu bebê de um mês na base da intuição. Tá funcionando. Ele está crescendo, se desenvolvendo e cada dia mais lindo, ownnnn

    Adorei o texto e obrigada por dizer a verdade de verdade.

    Bjs

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  2. Nossa, me identifiquei demais com o seu texto!!!

    Parabéns!!!

    Beijos,

    Bárbara

    http://omelhordomundoinfantil.blogspot.com

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  3. Adorei seu texto!!!

    Concordo com você. Ser mãe não é fácil! Nós nos cobramos, somos contraditórias muitas vezes... Mas amamos loucamente, como só as mães podem amar!!!

    Também escrevi sobre o assunto e aproveito para convidá-la a ler:
    http://passeadoeviajandoemfamilia.blogspot.com

    Beijos de mãe para mãe!

    Lívia.

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  4. Oi, Fernanda, estou adorando essa blogagem coletiva, muito bom conhecer melhor as mamães blogueiras, e tirar inspiração, adorei seu texto :)
    A "super nanny" funciona bem aqui em casa tb ;)
    bjs

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  5. Fê, adorei o seu post! Super real e verdadeiro!
    Bjos,
    Camila
    www.mamaetaocupada.blogspot.com

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  6. Fê, lendo sua maternidade real fui pensando: que mãe mais bem resolvida. Yes! Eu ainda tô buscando toda essa segurança, mas a gente chega lá. Muito bom saber que é possível, obrigada!
    Entrei na blogagem atrasada, se tiver tempinho e saco pra conhecer um pedacinho da minha maternidade real: http://blogdodesabafodemae.blogspot.com/2011/04/mae-real-nao-faz-bullyng-materno.html

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