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terça-feira, 30 de julho de 2013

Eu cedi aos encantos do tablet

Nem sei como começar este post. Se me defendendo, dando minha cara pra bater ou simplesmente contando os fatos. Mas vamos lá, direto ao assunto:
Luísa comprou seu tablet.
Isso mesmo: Lulú comprou seu tão sonhado - e querido, e enlouquecidamente desejado - tablet! E com seu próprio dinheiro. Aquele do cofrinho, sabe?
Tentei segurar até seu aniversário. Prometi que daria à ela, mesmo sendo contra e antecipando todas as regras. Mas ontem não me aguentei e cedi. E acabei antecipando o tablet também. Só que não como presente, e sim, como permissão para que ela mesma o comprasse. E vocês não fazem ideia da felicidade dela.

Já faz tempo que Luísa guarda moedinhas no cofrinho e sabe que "aquelas" moedinhas são para ela comprar o que quiser..
Ontem, diante de uma super promoção de tablets, ela me disse: "mamãe, eu tenho dinheiro. posso comprar?". Achei o pedido e a constatação dela tão bonitinhos, que não me restaram dúvidas: cedi! E com prazer.
Agora me resta ser rígida com os horários, tempo de permanência com ele, e não ceder muito mais. E já combinamos - e ela sabe que todo combinado deve ser cumprido - meia hora depois do almoço e mais meia hora no finalzinho da tarde. Acho que já está de bom tamanho, né?

Suuper feliz!!



9 comentários:

  1. Que linda... vai ser igual ao primo Jonathan, entrar pra mídia ainda criança, vai ganhar muitos prêmios. Só cuidar nos horários, alimentação, xixi, pois esquecem de fazer! É só isso, deixa ela curtir.

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  2. Olha, Fernanda, eu não vim julgar, mas vim comentar com uns olhos um pouco críticos. A sua filha é mais nova que o meu filho (que tem quase 5 anos) e meu filho nao tem a menor nocao de dinheiro. Ele está aprendendo a contar, e nao sei se daria conta de ter um cofrinho sem rasgar o dinheiro num ímpeto de curiosidade pra saber de quanta forca ele precisa pra rasgar o papel do dinheiro. Enfim, me parece que há uma diferenca muito grande de amadurecimento entre sua filha e meu filho - coisas de meninos e meninas, eu sei como é, eu tambem tenho uma filha. Inclusive, olhando a foto da sua filha, ela me parece mais velha do que 4 anos.
    Mas eu fiquei pensando as seguintes coisas. Primeiro que eu achei que era muito dinheiro pra um cofrinho, se deu pra comprar um tablet. Fiquei achando que uma crianca dessa idade pode ter direito a cofrinho, sim, mas um cofrinho mais modesto, de moedas menores, de dinheiro mais picado, de menos dinheiro. Pra mim, um montante de dinheiro que compra um tablet é digno de poupanca, e nao de cofrinho, com o qual a ciranca pode comprar o que quiser. Entao, primeiro ponto, é muito dinheiro.
    Segundo ponto: realmente, ela pode comprar o que quiser? Vale pra tudo? Fiquei pensando se uma regra do tipo "faça o que quiser desde que vc tenha dinheiro" pode levar - vou extrapolar, me perdoe se te ofender - uma adolescente de 14 anos querer tomar anticoncepcional só porque "pode comprar" com seu dinheiro. Continuando a extrapolar, um menino de 15 aos poderia ir a um bordel só porque tem dinheiro pra isso? Entenda, eu nao sou contra o tablet, os meus filhos nao tem, nao tem nem acesso porque a gente nao tem, mas nao sou contra, acho que as familias devem decidir se tá na hora ou nao dessa ou daquela tecnologia. O que eu quis chamar sua atencao foi para o fato de vc ter quebrado as proprias regras so porque ela fez biquinho e foi toda educada pedindo pra comprar uma coisa que ela, a principio, nao deveria comprar com seu proprio dinheiro porque essa era a regra (alem de, a meu ver, ser muito dinheiro disponivel pra uma crianca de 4 anos, boa parte disso podia estar numa poupanca, entende?)
    Uma ultima coisa que eu pensei foi que ela, com 4 anos, nao deve ter muita nocao do que seja meia hora; talvez vc possa colocar um alarme pra tocar a cada 10 min, e depois de 3 tocadas, acabou-se a meia hora; assim ela desfruta mais da meia hora, ela consegue acompanhar a meia hora passando.
    Espero que vc nao se chateie com meus comentarios, eu acho que nao costumo comentar por aaqui e nem sei se vc me conhece, mas quis contar meu ponto de vista porque senti que voce estava aberta a ouvir. Do mesmo modo, estou aberta a continuar a discussao, se voce quiser.
    :-)

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  3. Mari, querida, obrigada por seu comentário, por ler meu blog, por se interessar pelo assunto do tablet e por ter seu ponto de vista crítico. Como você mesma disse, sou sim super aberta à ouvir. Não sou dona da razão e nem cheia de sabedoria. Vivo de erros e acertos, aprendizados e mudanças de opiniões. E sou eu, né. O que escrevo é o que faço e penso, é o que realmente acontece, é por onde eu vou e da maneira que vejo.
    Luísa tem 5 anos já! Fez em dezembro!
    Vou ser meio curta e tentar responder e esclarecer aos tópicos aqui, tá?
    O dinheiro do cofrinho da Lulú (que é um cirquinho de madeira), é fruto de doações dos avós, de alguns poucos tios e da mamãe e do papai aqui. Lá havia cento e vinte reais, sendo metade em moedinhas e metade em notas que já havíamos trocado na padaria. Há algum tempo atrás, fechei uma conta num banco e tirei “todos os duzentos reais” que estavam numa poupancinha da Luísa, e resolvi colocá-los no cofrinho, já que a intenção era usá-los logo, o que, de fato, foi feito.
    Luísa, no auge dos seus cinco anos, também não tem noção de dinheiro. Conta as notas por quantidade, e não por valores. Portanto, se tiver 5 notas de dez reais, ela contará cinco reais – ou cinco mil reais! - e pronto.

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    1. O tablet que compramos custou duzentos e noventa reais, ou seja, o mais barato da categoria. Eu não seria capaz de dar um tablet mais caro que isso, porque sei que essas coisas costumam se quebrar automaticamente até mesmo na nossa mão, quanto mais nas mãos de uma criança.
      E também tem aquele lance de cuidado, né? Para quê dar um tablet caro e depois ficar preocupada com ele? Então, pensando que o preço de muitos brinquedos legais, modernos e da hora é igual, e muitas vezes mais caro que um tablet de verdade, porque não deixá-la ter o tal, “legítimo e original” (rsrs), e que ela queria tanto? Já viu o preço daquele Furby? Trezentos e noventa e nove reais!! Minha nossa!!
      Esta foi minha explicação para seu primeiro ponto.
      Vamos ao segundo.

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    2. Claro que ela não pode comprar o que quiser. E é claro que ela sabe disso. Se tem uma coisa que fazemos muito aqui em casa é conversar. Sempre! Sobre tudo (ou quase tudo!!). E ela nos respeita bastante. Com certa teimosia de vez em quando, é claro, mas o que é normal.
      E eu tinha certeza que poderia ser mal interpretada com o que escrevi, sobre o fato do dinheiro ser dela, mas mesmo assim, resolvi deixar sem muitos detalhes (o que não adiantou nada, já que estou tendo que fazer isso agora. Rssssrs..)
      Enfim, o dinheiro é dela, ela sabe disso, mas temos que concordar com as opções. Mamãe e papai. Um só não basta.
      Luísa não é uma criança de pedir muitas coisas, de querer tudo e dar escândalos no shopping, mas quando pede, se a coisa for inviável, digo logo de cara que aquilo não serve para ela, que é desnecessário, caro, feio, de adulto, enfim, explico o porquê do “não”. Se a coisa for viável, aí existem outros fatores envolvidos.

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    3. Quanto à regra que quebrei, na verdade nem era uma regra. Tinha sim dito à ela que lhe daria um tablet de aniversário, mas mudei de ideia. Imagine uma criança super ansiosa por chegar logo seu aniversário para ganhar um tablet. Imagine você ir ao shopping e ao supermercado e ter que parar no setor tablets toda vez, só para ela ver, namorar e jogar um pouquinho. Pense numa criança que quer muito um tablet, que gruda em qualquer pessoa que tenha um e a deixa brincar e pense que este acabou de entrar numa super promoção. Sem contar que você pode pensar também numa mãe super ansiosa (ok! Isso não é bom!). E então eu disse “ok, podemos fazer assim: você pode juntar mais moedinhas e comprar um tablet antes do seu aniversário, mas é com seu dinheiro”. E ela adorou a ideia! Então, não partiu dela a decisão e a escolha. Não teve biquinho e nem carinha de judiação. Partiu de mim, entende? Eu dei a opção. Certa, errada, sei lá, mas eu dei a deixa.
      Quanto ao tempo, achei bem legal sua dica de colocar o alarme a cada dez minutos. Além de fazê-la aproveitar bem a meia hora, isso pode até trazer à ela uma noção mais real do tempo.
      Mas com ou sem noção desse tempo, hoje, em nosso primeiro dia com um tablet em casa, ela se saiu muito bem. Na verdade, posso dizer é que nós nos saímos super bem, porque para mim também é uma novidade, e também é uma responsabilidade, fazer valer o tempo permitido.
      E conseguimos! Muito bem!
      É isso, Mari! E é claro que você não me ofendeu, não me chateou! Meu blog é aberto

      Obs.:
      A frase “vou ser meio curta e tentar responder e esclarecer aos tópicos aqui, tá?” já foi outra mostra de mudança de opinião. Cê viu, né? Hahahaa...

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  4. Bom Fer, que assunto delicado! Ao menos para nós aqui em casa. É algo que sempre discutimos, e para ser sincera, não temos uma opinião fechada (que bom, não gosto mesmo delas…rs). Por estes dias, coincidentemente, conversei com diversos pais e mães, amigos, sobre o assunto. O que ouvimos não muda: COMO ASSIM VOCÊS AINDA NÃO TEM UM TABLET? Um estranhamento que diz respeito a nossa ingenuidade em não “aproveitar”dos momentos de sossego que a tal ferramenta nos proporcionaria. O que tenho visto muito é que pouco se questiona sobre a utilidade desta tecnologia (brinquedo?) do ponto de vista infantil, mas não se discute sobre a sua utilidade para nós, pais tão ocupados de hoje. Ficamos acomodados no senso comum, utilizamos mil argumentos que ouvimos por ai, de que estimula isso, incentiva aquilo, ajuda em x, y, z, acelera o raciocínio; muitas vezes (mas nem sempre), como forma de NOS convencermos de que realmente nosso filho precisa / merece. No entanto, bem lá no fundinho, pode ser algo que NOS facilita a vida, que NOS serve muito bem, que NOS substitui em diversos momentos. Onde há crianças em torno de um computador, de um celular, de um tablet, reina a paz. E NÓS, pais ocupados, cansados, tecnológicos, consumistas e etc, merecemos TEMPO. Acaba sendo a nova babá, não sei se substituindo a tv ou somado a ela. Não tenho mesmo conhecimento para discutir os “supostos” benefícios do dito cujo, então nem me atrevo. Apenas acho que cada escolha que fazemos em relação aos nossos filhos tem que ser muito particular. Não me serve o que o vizinho fez, não me importa o que os avós acham ou o que os amiguinhos têm. Precisamos sentir que, após refletir, pesar, pensar, escolhemos o que nos parecia melhor (para eles e não para nós), o que é mais coerente para a família que temos. É muito fácil dizer: sou contra e ponto, sou a favor e ponto. Difícil é mesmo analisar e assumir a responsabilidade pelas escolhas que fazemos por nossos filhos, de forma que eles possam se sentir parte deste mundo moderno (que é bem diferente de nossa infância) sem que sejam tragados pelos malefícios que lhe são inerentes. Que não se sintam oprimidos de tal forma que tenham que “burlar” nossas rígidas regras na casa do amigo ou do vizinho e nem tão à vontade e livre que não se interessem por nada mais (nem por nós….buaaaaa! rs). Disse para uma amiga, outro dia, o quanto me irritava crianças / adolescentes em restaurantes com a família o tempo todo apertando botões de uma parafernalha qualquer, sem participar das conversas, das risadas, de teclarem freneticamente com quem está longe (e quando longe de nós nos mandarem um sms), todo tempo tirando e postando fotos de momentos que não viveram realmente, pois se preocupavam mais com a repercussão disso em um facebook da vida, enfim. Ela me responde: então, eu também me irritava, quando fiz minha filha de 18 anos deixar o celular enquanto almoçavamos, nós não tinhamos o que conversar. Então mãe e filha retornaram para seus respectivos celulares. Isso sim me dá medo! O celular abduziu a adolescente e a sequestrou da mãe? Não. Ele habitou um lugar que estava vazio, onde, por algum motivo, não foi possível valorizar o contato humano. Enfim Ferzoca, pelo que conheço da Lu, ela não é uma “criança com tablet”. A Lu é uma criança ativa, inserida em diversas atividades artísticas, culturais, “culinarísticas”rs, questionadora, sapeca, e que também, meia horinha de manhã e meia horinha a noite, brinca com um tablet. Por aqui a curiosidade é grande, mas o desejo de ter ainda não apareceu. Vamos aguardar. Beijinhos!

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    1. Pat, que comentário mais ilustre! Que delícia!
      E é verdade o que disse: Luísa é super ativa, e tenho certeza que não vou permitir que ela se tranque num mundinho tecnológico somente. Natação, capoeira, ballet, são atividades que ela adora! E, como nosso segundo dia com tablet em casa, a coisa está indo muuuuuuito bem! beijo enooorme p vc!

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  5. Gostei muito do seu post e do seu blog,estou te seguindo!
    Concordo com você.na minha opinião a criança que é tratada com amor,atenção,bons exemplos e muita conversa dificilmente será afetada pelos malefícios da Internet.(sendo que há muitos benefícios também).
    Se puder,me siga e nos visite!
    Bjs
    Karina

    http://paraminhaalice.blogspot.com.br/

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