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sábado, 21 de julho de 2012

Síndrome da despedida

Depois de sua primeira noite fora, entre mortos de saudades e aflitos, salvaram-se todos: mãe e filha!
Porque o pai é sempre mais desencanado (pelo menos aqui nesta casa).

Luísa passou as tardes todas desta semana em um programa de férias quentes, promovido por um clube de campo aqui da cidade. A programação, das 13h às 17:30h incluiu muitas brincadeiras, sprays de espuma, muita música e monitores animadíssimos tomando conta da galerinha. E para encerrar, um acantonamento que, como disse, teve sucesso absoluto, tanto para ela, que se divertiu pra caramba, quanto para nós, que saímos sozinhos, jantamos sossegados e pudemos colocar todo o papo tranquilo e as risadas desenfreadas em dia.

Mas o que mais me chamou a atenção nestes dias todos, foi o fato de Luísa sempre ficar chorando quando a deixava no clube. Era nos despedir, que a figurinha grudava em mim e chorava. Cheguei a ficar brava com ela de verdade, porque, afinal, todas as crianças estavam ali brincando, ela já havia estado ali, conhecia bem umas 5 meninas, amigas já da escola, e mesmo assim, porque raios haveria de chorar? Mas assim seguimos todos os dias, no maior drama na entrada do clube. Até que, temendo que ela não ficasse para dormir, pedi à mãe de uma amiga que fosse pegá-la em casa para o tal acantonamento. Como deveríamos buscá-las no horário normal, e depois levá-las novamente às oito da noite, o drama poderia ser maior ainda e eu, certamente não resistiria a este, em especial. Também não sou de ferro, muito menos tenho sangue de barata.
Pois bem, tudo combinado, a mãe da amiguinha passou pegá-la aqui em casa. Na hora da despedida, um bico de choro, mas foi só distraí-la e pronto. Foram-se felizes e brincando.
Talvez Luísa tenha a síndrome da despedida, como eu. Não posso com uma despedida. Choro mesmo. Sempre. Seja de amigos, de parentes e até dos personagens das novelas, despedida é despedida, e eu sempre me emociono, à ponto até de passar uma certa vergonha. e acho que Luísa é assim também. Tem síndrome da despedida. Ou seja, tenho que me preparar para uma vida inteira de choros. Terei que me acostumar.

*****
Hoje cedo fi buscá-la. Ansiosíssima, claro! Eu, claro!
Lá estava ela, de pijama ainda, com uma carinha bem feliz, ainda brincando de rodas.
Na despedida dos monitores, adivinha?
A mãe aqui quase chora.
Valeu! Valeu! Valeu! E estamos ansiosas para o próximo ano, as próximas férias quentes, que espero que sejam mais quentes do que estas. Muito frio!!!!

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