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terça-feira, 3 de abril de 2012

Aquele beijo

Não formei minha opinião ainda.
Não sei quem é culpado, e se há um culpado. Na verdade nem sei se há tanto drama em torno do caso, mas...
... o fato é:
Luísa e o amiguinho, aquele se ela diz ser "namolado" dela ( e que nós sempre demos trela, sempre achamos engraçadinho, apesar de falar que não é namorado, que namorado é só de gente grande, que eles são só amigos, blábláblá...) estavam brincando de "beijar na boca" ontem.

O que aconteceu
Deixamos as crianças sozinhas no quarto, enquanto minha amiga preparava o jantar deles. Eu fiquei com ela na cozinha, e podíamos ouvir as crianças brincando.
De repente percebi que eles estavam muito silenciosos, e resolvi ir dar uma espiadinha.

A cena
Luísa e ele, ajoelhados na cama. Ela, com os braços em volta dele, e os dois, se beijando.
O beijo foi de boquinhas fechadas (#morri), mas os olhinhos estavam fechados, fazendo movimentos de um lado para o outro com as cabecinhas.

O que fizemos
Na-da.
Absolutamente nada, naquele momento.
Porque o choque foi tão grande,mas tão grande, que tomamos um susto! Sabe quando você dá de cara com uma situação, que de tão chocante, te faz dar um pulo para trás e se esconder? Pois bem. Foi assim que reagimos no momento. Eu e minha amiga. Nos escondemos, arregalamos os olhos uma para a outra, demos muita risada, choramos até, mas não sabíamos como agir naquele momento.

A reação das crianças, pelo pouco que vimos
Parece in-crí-vel, mas as crianças pularam da cama também. Sabíam que, o que estavam fazendo, não era certo. Luísa, com um sorriso amarelo no rosto, disse: "a gente beijou na boca". O amigo completou: "é, mamãe".
E foi um para cada lado.

******

Penso que não podemos fazer muito "barulho" com as crianças com relação à isso. Não podemos gritar, não podemos xingar e nem podemos assustá-los.
Penso que só foi uma brincadeira, claro, mas, como não deixar que essas brincadeiras aconteçam? Não deixando crianças sozinhas nem um minuto? Nunca descuidar?
Penso que sempre dei trela para que Luísa "pensasse" que o amigo poderia mesmo ser o namoradinho dela, mas......mas o que?.......na verdade sempre digo que o menino não é namorado, que só os adultos namoram e que ela vai poder namorar quando for adulta.
Penso que nunca fui tão firme e séria, a ponto de olhá-la nos olhos e dizer "NÃO, filha! ele NÃO é seu namorado, e PRONTO!". Mas havia necessidade? Não havia, acho.

O fato de Luísa querer um irmãozinho, de querer que eu esteja "gávida" e até de brincar de grávida, influencia? Influenciou? Os desenhos da Barbie? Mas os desenhos não tem beijo.
Já sei! A novela das 6! Puts...

*******

O que fizemos depois
Minha amiga conversou com o menino. Perguntou o que havia acontecido e ele disse "a Luísa que quis, mamãe! a gente brincou disso no restaurante também!" (Semana passada estivemos juntas e com as crianças,  em um play de um restaurante)

Conversei com minha filha e ela disse "o meu amigo que me beijou na boca, mamãe!"
E eu perguntei "mas vocês já tinham brincado disso antes?"
"Sim, mamãe. No restaurante".
Mais uma "vaza" de deixar as crianças brincando sozinhas e sem nossa monitoria.

**********

Eu disse à ela que essa brincadeira não era legal. que beijar na boca era COISA DE GENTE GRANDE e que crianças não podem e naõ devem beijar na boca, porque ainda são crianças, e não GENTE GRANDE! Disse também que ficaria muito triste e chateada se ela me desobedecesse.
O que mais dizer, psicólogos de plantão?
Devemos voltar a tocar no assunto?
Please, help!

8 comentários:

  1. Aii ai aii, To vendo o trabalho que esse tio aqui vai ter... hahaha Vou ter que mandar os namorados embora, porque o Tio dela nao vai deixa nao!
    hahaha beijooos Feeeee

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  2. Fê, nem sei o que dizer... Rs
    Bom, acho que conversar é o melhor, como sempre ( quase sempre)!
    Beijocas e boa sorte!

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  3. Oi Fê,
    realmente não sei o que dizer. Não passeipor essa situação com as minhas meninas. Sei que amiguinhas dela passaram por isso.
    Sempre que eu tive dúvida em como reagir em relação a determinada situação pedi orientação a psicóloga / orientadora da creche. Agora que elas estudam em escola grande isso é mais difícil pois ele tratam os assuntos ligados ao comportamento escolar e o familiar quando esse afeta a escola.

    Mas no meu coração de mãe, acho que você agiu certo. Conversou e sem chamar muita atenção para o fato. O importante é que ela te conte se vier acontecer novamente. Assim você pode tomar alguma atitude.
    beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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  4. Cris a mãe do namoLado! kkk3 de abril de 2012 às 08:04

    Assunto resolvido...
    Já conversamos, já falamos que são crianças que não é legal, sem dramas e sem traumas... Acredito que tenha sido a melhor solução.... até o próximo encontro pelo menos né...kkkkk
    Unica coisa que lembro é a gente escondida atrás da parede e chorando de rir sem saber o que fazer.... auhahuahuahu o TRAUMA FICOU PARA AS MÃES! uhahuahuauhauhahuaahuahuahuhuaa

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  5. Amiga, imagino o seu susto. Se estivesse no seu lugar eu não faria nada também!! Nem sei como agiria, rs. Então nem sei o que dizer.

    Mas posso dizer do meu coração que você agiu certo, conversou.

    Beijos
    Lilia

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  6. Eu também não sei qual a melhor forma de agir numa situação dessas, mas acho que se se passa-se comigo eu faria o mesmo que tu, uma boa conversa e ficava atenta.

    Vou ficar para ver se algum psicologo de plantão nos sugere algo diferente.

    beijo

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  7. Sempre leio por aqui e dessa vez não resisti e resolvi comentar. É que já passei por uma situação BEM parecida com essa, só que não no papel de mãe, mas no papel da criança.
    Quando eu tinha meus 3 ou 4 anos, eu tinha um amiguinho da mesma idade. A gente brincava sempre, já que nossos pais eram amigos.
    E me lembro PERFEITAMENTE de achar beijos bem legais, pois eu via nas novelas, nos filmes das princesas com os príncipes, etc. Não deu outra. Eu e meu amiguinho nos trancávamos no banheiro ou íamos para trás do sofá dar selinhos. E como ainda não sabíamos o que era beijo de língua, ficávamos como sua filha.
    Nossas mães sabiam e ficavam meio como vocês. Mas o que elas faziam mesmo, era ficar mais de olho, porém sem dar bronca ou repreender.
    Afinal, essa descoberta é totalmente natural! Poxa, sempre vemos nossos pais dando beijinhos (fora as novelas e as princesas) então deveria ser normal ,não?
    Não querendo te assustar, um dia descobrimos o que DE FATO diferencia homem e mulher, ou seja, ele esqueceu a cuequinha lá em casa.
    Bom, enfim, não tínhamos malícia nenhuma. Descobrir pipiu e perereca só tornou estranho e vergonhoso para mim no momento da bronca, até então eu e ele achávamos que era apenas uma diferença de homem e mulher mesmo.
    Acredito que o melhor é ficar sempre presente, evitar de deixá-los sozinhos, mas nunca dizer que é errado. Contorne a situação, pois é apenas um momento de curiosidade e descoberta. :)

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  8. Não sou psicóloga, mas a psicóloga da escola das meninas já fez reunião com os pais sobre esse assunto e achei bem interessante a sugestão que ela deu (na verdade, uma as sugestões - a que ficou mais registrada na minha cabeça): tratar com naturalidade, sem dizer que é algo que NÃO PODE fazer, mas ressaltar que BRINCAR é muito mais legal para as crianças.
    E quando pegar a criança mo flagra, como foi o caso de vocês, tentar agir naturalmente (sei que é megadifícil, e acho que eu teria a mesma reação que vocês! Hahahaha!) e chamar as crianças pra ajudar em alguma coisa, para voltar a atenção delas para outras atividades.

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