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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Direito de escolha sim!

Aproveitando a semana PARTO, quero abrir meu coração e expor o que realmente penso com relação ao assunto, hoje tão discutido em toda a mídia.
Antes mesmo de engravidar, sempre ouvi da minha mãe que "parto normal, para mim, é anormal". Ela sofreu pacas durante o meu nascimento, com muitas dores, muitas horas de trabalho de parto, fórceps e uma infecção depois de tudo isso. Resultado: este trauma, claro, passou para mim, que a vida toda ouvi dela a tal frase e nunca quis saber à respeito do parto normal.
Mas, a vida é engraçada, e quando engravidei, mesmo tendo ido procurar um GO pelo fato dele ser "bom no ponto da cesárea", eu acabei relaxando e me entregando ao parto natural. Coisa que não me arrependo, e acho sim, que toda mulher deveria ter um parto normal. Acredito sim que toda mulher tem dilatação, e que o fato do cordão umbilical estar enrolado no pescoço do bebê, não tem nada a ver. 
Mas o que eu não acredito, ou melhor, o que eu não concordo, de jeito nenhum, é que as pessoas - quaisquer que sejam - obriguem outras a terem um determinado tipo de parto.
Hoje em dia fala-se muito de parto em casa. Legal! Acho lindo quem deseja isso, quem quer assim, mas eu não gostaria de ter tido minha filha aqui. 
Fala-se muito de parto normal, seja ele domiciliar ou hospitalar. Ótimo! Por mim todas as mulheres teriam mesmo seus filhos da maneira mais natural possível, mas para o meu próximo (se é que haverá um próximo parto), eu gostaria que tivesse uma anestesiazinha.
Fala-se da cesárea, que é desnecessária, mas, tenho uma amiga que sofreu a gravidez inteira porque o hospital onde ela tinha convênio, não fazia cesáreas nem pagando, e ela tinha pavor de parto normal. A coitada passou os 9 meses de gravidez com um friozinho na barriga de preocupação e ansiedade por conta desta obrigação ao parto normal. E isso eu não acho nada saudável. Não acredito que esse tipo de ansiedade faça bem ao bebê.


Sou a favor sim do parto normal, mas sou mais a favor ainda, do direito de escolha da mulher. Se ela se sente melhor em casa, ótimo. Se prefere o hospital, com um monte de gente olhando, filmando, fotografando e ajudando, bem. Se prefere uma cirurgia, beleza. Desde que seja de sua própria vontade. Isso sim faz bem. 
Sei que falta informação e acolhimento para muitas mulheres, e isso é primordial, afinal de contas foram estas informações, super bem explicadas, que me convenceram a ter um parto normal tranquila, sem medo da dor. 


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4 comentários:

  1. Oi Fê, concordo com tudo o que você disse. Senti na pele o "não direito a escolha" quando fui levada a uma cesárea agendada mesmo com todas as condições necessárias para um parto normal e tendo a vontade de pelo menos tentar.
    Acho que falta mesmo muita informação e humanização, mas falta mais ainda pessoas dispostas a ouvir, e respeitar, a decisão da mulher, seja ela qual for.
    Beijos
    Mari (acompanho seu blog faz tempo mas acho que nunca tinha comentado..rs)
    http://caderninhodamamae.blogspot.com.br/

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  2. Fer você disse tudo.
    Acho que cada mulher tem direito de optar pela forma que acha que vai ser melhor para ter seu filho.
    Eu queria ter tido parto normal, mas nas minhas duas gestações por motivos diferentes não pude realizar isso, mas também o dia em que minhas filhas nasceram foi o mais mágico da minha vida, independente de ter sido cesárea ou normal.
    Muito bom seu post.
    Beijos

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  3. Ai Fê, concordo com tudo! Sem palavras, eu to emocionada
    Bjs

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  4. Totalmente certa. Até porque se houvesse mais informação, menos mulheres iriam para a cesárea. A escolha delas certamente seria o normal. E se não for, que se respeite!
    beijos
    PS: leu meu texto na Nestlé? Quero que leia! Fala sobre atividade física...
    Bia

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