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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Férias podem custar caro

Tudo depende de você.

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Eu sou uma pessoa que não sabe esperar pelas coisas. Sou daquelas que não dorme direito quando vê "o sapato" que tanto quer, mas deixa para comprá-lo no outro dia. Quando quero ir a algum lugar, fico com frio na barriga enquanto não vou. Sou daquelas que, quando não tinha dinheiro naquele mês, usava o cartão ou ficava até um pouco "negativa no banco, mas no mês que vem eu cubro". 
Ansiosa? Sim. Mas também "pé nas nuvens".
Pelo fato de sempre ter tido tudo na vida, enquanto criança e adolescente, e por hoje ter aprendido a dividir e a pensar nos gastos (depois de muito custo, e ainda hoje, com um pouco de sofrimento), faço questão de ensinar minha filha alguns valores, antes dela ter que aprender com a própria vida.


Já parou pra pensar no custo das coisas nas férias? Cinema? R$ 50,00, mais ou menos, mãe e filha, incluindo ingressos, pipoca e refrigerante.
Acantonamento de férias? R$ 100,00 aproximadamente.
Passeios em parques temáticos? R$ 100,00, chutando baixo, por pessoa.
Shows? R$ 50,00 no mínimo, para assistir alguma coisa legal ou "popular".
Então. O que fazer? Participar de tudo, já que a criança está de férias, e você não trabalha mesmo, e tem que ocupá-la? Sim. A gente tem algumas opções: 
- planejar as férias, como se fosse uma viagem, guardando dinheiro para ser gasto durante o mês de julho todinho, ou
- levar a criança somente em atividades gratuitas, que por sinal, não são poucas as opções, ou
- ensiná-la a escolher, e liberando-a para algumas atividades pagas e outras não.


As opiniões são as mais variadas com relação à este assunto. Ouço mãe que diz não negar nada ao filho, pelo fato de ter sido criada em uma família grande, onde nenhum dos irmãos podiam ter nada, e hoje, como ela optou por ter um único filho, quer dar tudo o que pode à ele (vá que ela morra!). Ouço outra mãe, que diz que não diz "não" ao filho, pois o mundo por si só lhe dirá tantos "nãos". 
Não vou julgar nada nem ninguém, porque acredito que é muito bom e maravilhoso a gente poder dar tudo aos filhos, mas.....mas....eu penso de uma outra forma, e quero ensiná-la. Quero ensinar minha filha a escolher. A pensar no que é mais interessante, no que é mais legal e possível no momento, e que nem sempre, o que é pago, é mais legal. Mas não pelo fato do dinheiro, e sim, pelo fato de aprender a escolher, ou a esperar, para depois não viver ansiosa e deixando de dormir por alguma coisa. Se é a idade certa para isso, não sei. Só sei que vai ser assim. Um showzinho pago num dia, dois picnics em lugares diferentes nos outros dias. Uma oficina de pintura paga, e umas outras três atividades grátis. E por aí vamos. Acredito que estou fazendo muito certo.


Aí você pode pensar como é que uma pessoa que sempre teve tudo e hoje, não pode mais ter tudo, e que ainda por cima assume que ficava negativa no banco de vez em quando, pode querer ensinar valores para a filha pequena? Pois é, aprendi com a vida, sou mais feliz assim, claro, mas não quero que minha filha aprenda com a vida. Quero que aprenda comigo.

3 comentários:

  1. olá estava a procura de blog de mães de primeira viagem e achei o seu bastante interessante.

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. Pois é, aprendi com a vida, sou mais feliz assim, claro, mas não quero que minha filha aprenda com a vida. Quero que aprenda comigo.

    Que mãe não quer isso né?

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