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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bye bye mau humor

Tava aqui desde cedo pensando em como começar esse post.
Lembrei das minhas aulas de Técnicas de Redação, onde aprendi que toda história deve-se começar com um resumo geral do que você quer falar, depois um início, meio e conclusão.
Mas não vai ser assim.
Vou escrever as palavras do jeito que elas vierem na minha cabeça, pois acho que assim serei mais compreendida.

Com que frequência algumas mães se colocam a maltratar, violentar, bater e descontar seus problemas nos filhos? Como é que elas podem fazer isso? Será que não conseguem pensar que é possível reverter essa raiva em carinho?
Tudo o que tem que ser feito é:

PARAR UM MINUTINHO, RESPIRAR, DAR UM ABRAÇO BEM APERTADO E DEMORADO NO FILHO, UM BELO SORRISO, UMA GRACINHA, UMA BELA GARGALHADA SEM SE PREOCUPAR COM O TEMPO QUE ESSA ATITUDE POSSA DEMORAR, E DEPOIS RETOMAR AO QUE PRECISA SER FEITO.

Foi isso que fiz hoje cedo, e posso afirmar que foi muuuito bom.

Acordei irritada e de mau humor.
Por ter pensado que teria um dia mais sossegado, que poderia ler meus livros tranquilamente, e passar só um pouquinho de roupas da Luísa, e ver que na verdade teria bem mais que isso pra fazer, me apavorei e me irritei.
Aí Luísa acordou e pra ajudar - porque quando fico irritada, minha filha sente isso e "colabora" muito pra que eu continue irritada - não queria tomar banho, não queria tirar o pijama, não queria que eu abrisse a janela, não queria tomar as "gotinhas"...
Aí bastou pra eu alterar a voz com ela, mostrar que já cedo estava irritada e com pouquíssima paciência.
E foi com essa pouca paciência que consegui convencê-la a entrar pro banho. E aí, mais uma irritação: o tamanho do meu banheiro me irrita. Cacete, é pequeno demais pra nós duas. Então decidi que à partir de amanhã ela terá o banheiro de cima só pra ela, que é beeem maior que o de baixo.
Bem, mas voltando ao enredo da conversa, consegui, sem dramas, tirar a Luísa do chuveiro. Quando a peguei no colo, percebemos juntas no espelho, que na ponta do nariz dela havia uma bolinha de tinta azul. Ela quase que emburrou, mas com um mínimo que fiz pra esboçar um sorrisinho, ela já se soltou também numa boa risada. Morremos de rir juntas. Fizemos daquele pinguinho de tinta um ótimo motivo pra aliviar nossas tensões.

E foi aí que chegamos no quarto dela, "paramos um minutinho, respiramos, nos abraçamos bem apertado e demorado, nos demos um sorriso, fiz uma gracinha e ela deu uma bela gargalhada, sem nos preocupar com o tempo. E depois retomei ao que tinha que ser feito", que foi colocar o uniforme da escola, arrumar os cabelos e brincar um pouquinho antes do vovô Preto vir buscá-la.

O que quero dizer é que quando estamos sem paciência, vendo que vamos acabar descontando em quem não tem nada a ver, e principalmente se esse alguém for uma das pessoas mais importantes da nossa vida, PARE. DESLIGUE TUDO. FAÇA UM BEM E SÓ DEPOIS LIGUE TUDO NOVAMENTE E COMECE DE UM JEITO DIFERENTE.

Vale a pena.

4 comentários:

  1. óoootima dica.
    as mães precisam respirar fundo, sempre.
    bjo bjo

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  2. Demais minha linda. Já fiz disso e comecei a praticar e é muito bom mesmo, não tem preço. Bjs

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  3. as vezes esquecemos que "talvez" a ordem dos fatores seja inversa.. Ou seja eles ficam mais irritados quando estamos irritados, não por provocação e sim por sentir a tensão, e como são pequenos e ainda não sabem lidar com esse tipo de frustação eles ficam irritados tambem.
    Claaaaro que na teoria tudo é facil. Na hora do stress é dificil lembrar desses "detalhes", mas acho que como vc mesma falou, um bom abraço nos pequenos pode ser a melhor maneira de mudar o rumo de um dia de mau humor.

    bjs

    Flavia
    www.joaoastronauta.com

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  4. AMEI o post. É difícil parar quando estamos irritadas, mas extremamente necessário. E reverter isso em carinho... ô coisa boa!

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