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sexta-feira, 25 de março de 2011

Até onde o grude é normal?

                               Deputada italiana leva bebê de 7 meses para o Parlamento
                               Europeu ...
                              "Enquanto participava de uma votação, a filha de Licia Ronzulli se distraía no colo da mãe com um biscoito e brinquedos. Saiba o que fazer quando você precisa levar os filhos para o trabalho." 
Fonte: Revista Crescer

E hoje, coincidentemente, Lucas e Luísa chegaram mais cedo para me buscar na agência. Entraram e ela veio direto para o meu colo.
Assim seria muito mais fácil, né? E delicioso, fala sério!
Ou não?
**********
Ontem a noite estávamos sozinhas em casa (Luísa e eu), e como precisava fazer algo para o jantar, descemos para a cozinha e pedi à Lulú que fosse brincar em seu quarto enquanto eu preparava um macarrão básico e rápido de tudo.
Que nada! Luísa pegou um banquinho, sentou ali pertinho de mim e lá ficou. Papeando...observando...fazendo perguntas sobre todos os ingredientes que eu usava (pelo menos foi uma boa aulinha de alimentos, culinária e cuidados na cozinha!).
Pedi a ela que fosse brincar, mas ela desconversou e ali continuou.
Pedi a ela que pegasse alguma coisa específica, um brinquedo; o bebê dela devia estar chorando sozinho lá. Pois ela saiu dali, foi até o quarto e trouxe o bebê para a cozinha.

Tenho lido alguns blogs e reparado que a fase do grude não é só aqui em casa.
Lá na Itália também, vocês viram?

E aí me pergunto:
por quê?
Muito tempo na escolinha e pouco tempo comigo em casa?
Dependência filha/mãe, mãe/filha?
Medo de ficar sozinha? Insegurança? Medo que eu saia e não avise?
Aliás, essa é uma coisa que não costumo e não gosto de fazer: sair escondida.
Não digo que nunca fiz. Quando ela era menor eu saia sim escondida vez ou outra, porque não gostava de vê-la chorar desesperadamente. Mas hoje não faço mesmo! Explico porque tenho que sair. Agrado, tento convencê-la de que realmente preciso sair, que ela vai ficar num lugar legal, seguro e com gente legal, e, se mesmo assim ela não entende, o que acontece muito raramente, paciência!
Tenho lido também alguns sites à respeito, que dizem que devemos estimular a independência das crianças, incentivando-as a fazer coisas pessoais sozinhas, como comer, tomar banho, e até brincar.
Luísa sempre foi estimulada à isso, e nem por isso desgruda.

Mas sabe de uma coisa? No fim das contas, tudo é fase mesmo, e passa. E quando passar, acredito que sentiremos uma falta enorme de todo grude, de toda dependência, e porque não dizer, de toda amizade e cumplicidade, né?

Bom fim de semana pra todo mundo!

Um comentário:

  1. Ė mesmo uma fase e passa :) tens toda a razão. E depois ainda vamos sentir saudades vai entender mãe ??!!!

    Bom fim de semana

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