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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A comunidade das mães e o Tempo de Brincar de novo

Assim como existe a tribo dos punks, a dos emos, a dos skatistas, e mais um monte de outras, existe a tribo das mães. Aquelas que falam sobre um mesmo assunto, agem de uma mesma maneira e frequentam e se aglomeram nos mesmos lugares.

Não sei se é assim com todo mundo, mas já repararam que quando saímos com nossos filhos para alguma programação específica deles, encontramos caras bem conhecidas, e que pensamos "conheço aquela mulher não sei de onde!".

Ontem no show da Cia. Tempo de Brincar foi exatamente assim. Talvez eles tenham suas fiéis seguidoras mães, assim como eu, e que não perdem nenhuma de suas apresentações, e por isso acabamos nos vendo sempre. E Sorocaba não é tão pequena assim. Tem 600.000 habitantes! Desses 600.000 aposto que uma boa parcela é mãe e segue cada apresentação infantil na cidade. Parecemos amigas íntimas já.

Assim acabamos por nos transformar em uma comunidade, passamos a nos encontrar até nos restaurantes, escolhidos igualmente sem querer, e aí a festa continua.
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Aí você continua vendo que sua filha tá crescendo mesmo quando vai a algum lugar e ela grita "mamãe, olha! A Fulana da Silva Gomes e a Carolzinha, minhas amigas! Vamolá?" Minha filhinha de quase 3 aninhos começa a ter amigos que eu nem conhecia!! É da escola, coisa mais óbvia e normal do mundo. Minha filha reconhecendo as pessoas! "Ela tá crescendo!!"
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E sobre o show Cantigas e Brinquedos Roceiros, uma Opera Caipira, da Cia. Tempo de Brincar, foi excelente, só pra variar!
Cenário e figurinos perfeitos, lindos e coloridos, que encantam. Exemplo? Uns menininhos que estavam lá não resistiram e tiveram que colocar a mão na saia cheia de rosas de fuxicos de cetim da Elaine Buzato.
História e músicas lindas também. Da moda de viola caipira ao fandango, as letras que o Valter Silva faz são excepcionais. Na saída, ainda levamos pra casa um livrinho, em forma de cordel que narra a história do show, de Tonho Viola e Maria Rosa, que eram amigos desde pequenos e depois se apaixonaram, mas foram separados pela guerra, quando Tonho foi recrutado, deixando de se verem, mas se comunicando por cartas. No final, claro que os dois se encontram, se beijam e são felizes para sempre. Só que essa historinha água com açúcar, contada e cantada nas vozes desse casal Elaine e Valter vira um espetáculo. Fora que as brincadeiras "de casal" que os dois fazem no palco são demais! Espetáculo para crianças e adultos!
Dá vontade de levá-los pra casa, eu juro! Convidar para um chuáco e ficar a tarde inteira ouvindo-os. Será que sou fã?
E é claro que minha filha chorou no final porque eles não cantaram a música do Boitatá. O que faço com ela? Ela é fã do Boitatá (oi?). Pois é.
Quando fomos ao palco nos despedir e parabenizá-los, ele, Valter, ainda deu uma palhinha pra ela do boi e assim terminamos nosso passeio. Entrou no carro e dormiu.

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