Todo mundo sabe que toda criança - ou quase todas - morde.
Não é segredo pra ninguém que se trata de uma fase comum à quase todas elas; umas com mais intensidade, outras com menos.
Luísa começou a morder minha mãe, meu marido e eu com aproximadamente 1 ano de idade, ainda em casa. Foi pra escola e aí desembestou a morder os amiguinhos. Foi do primeiro ano de vida até mais ou menos 2 anos e meio, achando que a mordida era a solução pra reclamar ou conseguir as coisas. E só agora é que ela entendeu que morder não é legal.
Até então, sempre li muito à respeito, procurei fazer o que era pra ser feito - conversar, mostrar que estava errada, e que daquele jeito não conseguiria nada, que machucava os amiguinhos, que eles ficaríam tristes com ela e poderíam até mordê-la também. Sempre falando claramente, repreendendo na hora que acontecia uma mordida, ou depois, quando a professora me trazia ela no final do dia com a notícia de que Luísa tinha mordido "1" amiguinho, ou "2", ou a professora.
E por ela ter passado já por duas escolas, cada uma lidou com a situação de maneiras diferentes. Na primeira escola, quando a professora vinha me trazer a Luísa, ela me chamava de lado e contava o que havia acontecido, de uma maneira sábia, inteligente e consciente, dando a entender que sabia que se tratava de uma reação normal da criança.
Já a segunda e atual escola, fez da minha filha uma monstrinha, e quando vinha me trazer a Lú, vinha com uma cara cheia de preocupação, dizendo que minha filha tinha mordido os amiguinhos, que ela fazia isso talvez porque ela nunca tinha chupado chupeta ou tomado mamadeira. Dizia que a Lú era a única na escola que mordia os amiguinhos e que temia que os outros pais - putos, claro - tirassem os filhos de lá porcausa dela. E chegou até a falar pra Luísa se morder pra ela ver como doía. E aí, minha filha começou a se morder.
Gente, vâmo combiná. A coisa é quase bem simples. Não se trata de um caso especial, e sim de uma reação comum às crianças. É o jeito que elas têm pra se defender, pra brigar, pra reclamar. Pelo menos é assim que vejo, e com paciência, a gente consegue resolver, e sem traumas.
Entendo que cada um tem uma opinião à respeito desse assunto, mas a solução é a mesma pra todos: muita conversa e carinho.
Entendo também que para uma mãe é super chato e doloroso ver a filha ou filho com uma marca de mordida. Sei que é pra ficar puto mesmo. Não que eu tenha ficado, pois minha filha sempre foi a mordedora, e a única vez que apareceu mordida, eu nem dei muita bola. Olhei pra ela e disse que eu sabia que isso iria acontecer. E pensam que ela parou de morder logo em seguida? Que nada! Levou um tempinho ainda.
E entendo também que a escola é papel importantíssimo nessa fase, e que tem que trabalhar super em conjunto com a família, tem que conversar muito com os pais e saber como a coisa é feita em casa e tentar ajudar do jeito mais parecido possível na escola. A professora mandou minha filha experimentar se morder e ela realmente começou a se morder quando ficava brava. Imaginem!
Pra mim, isso não é pedagogia. Não mesmo. É falta de experiência, de leitura e conhecimento.
Mas o importante é que a fase já passou; e que como todas elas, passou
Hoje estávamos no parque e encontramos uma amiguinha da escola. Em menos de 5 minutos, ela tentou morder a Luísa e depois puxou o cabelo dela.
Não esquento não. Sei que logo passa e ela aprende que não pode.
Mamãe Gi, só tenha paciência e sabedoria.
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